terça-feira, 24 de maio de 2011

Começando...


Fiquei pensando por onde começar... relembrei minha infância, comparei situações por mim vividas com as das crianças que pude acompanhar o desenvolvimento e também com as enfrentadas pelos meus pequenos no consultório. Percebi então o que é quase lógico!
Crianças adoram histórias. Podem ser um clássico dos contos de fadas, a história de sua própria vida, as inventadas, as de terror, as de romance, enfim, adoram histórias.
Adultos contando histórias para crianças é uma atividade comum em diversas situações. Pode ser no momento de colocar o filho para dormir, a professora na escola, no consultório do psicólogo, na hora do reforço escolar ou em uma situação que é preciso deixar a criança quieta por algum tempo.
Então, podemos perceber que as histórias infantis são normalmente usadas como uma forma de distração e entretenimento para crianças. Entretanto, algumas vezes, passa despercebido que essas mesmas histórias podem ser escolhidas adequadamente para cada situação e nos ajudar a participar do mundo infantil, da linguagem infantil e assim podemos estabelecer uma conversa dentro de um contexto no qual elas possam se expressar e nos entender de forma mais adequada.
O conteúdo da história a ser abordado pode ser escolhido dependendo do momento de vida da criança, dos conflitos pelos quais ela está passando. Assim, a escolha da história pode possibilitar à criança uma melhor investigação e a aprendizagem sobre o mundo que a cerca, favorecendo aspectos cognitivos, simbolização do mundo interior de pensamentos e afetos, por meio da imaginação.
Bettelheim (2007), afirma que os problemas infantis, como a necessidade do amor, do medo e do desamparo, da rejeição e da morte, são colocados nas histórias em lugares fora do tempo e do espaço, mas reais para crianças.

Por enquanto, deixo a indicação de um livro através do qual podemos abordar os medos, muitas vezes reais, tais como o medo do escuro, de ficar sozinho e da pobreza: A Princesinha Medrosa de Odilon Moraes, Editora Cosac Naify.

Nenhum comentário:

Postar um comentário