domingo, 19 de junho de 2011

O Homem Que Amava Caixas

“Era uma vez um homem
O homem tinha um filho
O filho amava o homem
e o homem amava caixas.”

Uma pessoa pode comunicar o afeto de diversas formas: tácteis, verbais, faciais, gestuais, entre outras. No livro O Homem Que Amava Caixas de Stephen Michael King, Editora Brinque-Book  pode-se ver um exemplo de comunicação de afeto de forma diferente da esperada usualmente.
Este livro fala de maneira simples e bonita sobre o relacionamento entre pai e filho. Com ilustrações alegres e muita sensibilidade, O Homem que Amava Caixas conta a história de um homem que era apaixonado por caixas e por seu filho. O único problema é que, como muitos pais, ele não sabia como dizer ao filho que o amava. O livro fez tantos simpatizantes em todo o mundo que ganhou o prêmio Family Award for Children’s Books em 1996.
Segundo o autor Stephen Michael King “a história é sobre meu pai e eu, quando era adolescente e fiquei surdo. Eu tive vários problemas sociais, e minha relação com meu pai tinha acabado. Nossa comunicação era difícil em vários níveis. Naquele momento eu não percebi, só mais tarde, que ele estava se comunicando de outras maneiras, fazendo pequenas coisas para mim. Realmente, foi com trinta anos, olhando para trás, que eu percebi isso. Escrevi a história e fiz do pai um pai, e do menino uma jovem criança, mas também tem algumas considerações minhas sobre a paternidade em geral, apesar de ter sido escrito antes de eu ter meus filhos.”
Partindo do relato de Stephen Michael King podemos perceber que a forma de interação entre pais e filhos constitui fator relevante que interfere no repertório social dos filhos.
Podemos pensar então, que não comunicar de forma adequada o quanto se gosta de uma pessoa pode ser um problema, principalmente se pensando em uma criança. Quanto maior o repertório de habilidades sociais de ambos os pais, maior a frequência de comunicação e de participação nos cuidados e nas atividades escolares, culturais e de lazer dos filhos.
O conceito de habilidades sociais envolve mais o aspecto descritivo dos comportamentos verbais e não-verbais necessários à competência social. Esta envolve uma avaliação ou julgamento a respeito da adequação do comportamento de uma pessoa e do efeito que produz em uma determinada situação.
A importância da qualidade da relação pais e filhos sobre o desenvolvimento das crianças é amplamente conhecida, sendo que alguns estudos científicos correlacionam práticas educativas inadequadas a problemas no desenvolvimento cognitivo e social e no desempenho acadêmico dos filhos.
Pais socialmente habilidosos, que estabelecem um ambiente familiar acolhedor, organizam contextos favoráveis aos mecanismos de resiliência e de proteção diante de fatores ameaçadores a que usualmente as crianças estão expostas.
Para finalizar pode-se dizer que um repertório social elaborado de habilidades sociais são importantes como fator protetor do desenvolvimento sociomocional.

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